NOSSA SOLIDÃO

Somos alunos da turma 132 da Escola Padre Reus e participamos do projeto do professor Aloísio Pedersen "IBERÊ CAMARGO: DE RESTINGA SECA PARA O MUNDO".

APRESENTAÇÃO DO GRUPO: (esq à dir) Carolina, Leonardo Rosa, Victória, Camila, Ricardo, Luana, César e Gabrielle.

No primeiro momento do processo escolhemos a obra que representaria nosso grupo:

"SOLIDÃO" (1994) foi a última obra de Iberê Camargo, não sendo possível sua conclusão por ele ter falecido antes. É considerada uma obra distinta de todas as outas que ele tivera antes feito, não se encaixando em nenhuma de suas fases. É também, talvez, a maior delas, tendo 2m de altura e 4m de largura.

Então a partir da obra escolhida, o professor nos propôs que fizéssemos desenhos tendo como base a seguinte frase: "Pra onde vou quando estou só?"

Logo abaixo seguem fotos do grupo trabalhando e dos desenhos de cada integrante, juntamente com impulsões pessoais (sentimentos e sensações) dos autores.

"Enquanto desenhava sentia um vazio dentro de mim, uma certa solidão onde não sabia o que devia fazer, eram muitas idéias na minha cabeça. Sentia uma turbulência que me deixava confusa.

Tenho medo de como eu vou agir diante de algumas situações, de como vão me retribuir ao perceberem minha reação. Medo de perder a família, o que pra mim é o que me dá sustentabilidade. Medo do poder que certas pessoas têm com dinheiro na mão, muitas vezes, ou melhor, o mundo é injusto por causa do poder econômico."

Camila Delvaux

"Quando eu estava desenhando me lembrei da sensação que tenho ante as provas do colégio, pois eu sei o conteúdo e o estudei, mas desconheço como será a prova. Assim como me senti em janeiro de 2010, quando fui prestar o vestibular UFRGS 2010, pelo fato de que não quero chegar em 2011, ano em que o vestibular vai valer para que eu possa entrar numa Universidade, sem saber como funciona uma prova de vestibular, a pressão do ambiente, as expressões nos rostos dos vestibulandos, enfim.

Desenhei o meu medo do desconhecido, medo daquilo que não posso prever; as pessoas que são “duas caras” também me causam arrepio, pelo simples fato de que têm um comportamento na minha presença e outro completamente diferente na minha ausência."

Carolina Venturini

César Augusto

"Na aula quando o professor propôs que desenhássemos o lugar que vamos quando estamos sozinhos me senti mal, pois não conseguia me lembrar de algum lugar significante ou importante pra mim. Só conseguia lembrar do meu quarto e da minha cama, pois é lá que fico quando estou sozinha, dormindo na maioria das vezes. Ter feito esse desenho me fez perceber a insignificância do meu tempo livre para mim e o quanto eu deveria valorizá-lo, pois um dia momentos sozinha poderão me fazer falta."

Gabrielle Sirianni

Leonardo Rosa

Luana Lópes

Ricardo

(sem foto)

"Ao desenhar sobre o tema proposto acabei sentindo várias coisas que fazia bastante tempo que eu não sentia. Me senti leve, feliz mas ao mesmo tempo triste; senti de novo o sentimento de liberdade ao desenhar, pois antes eu sempre me prendia a desenhar e a aperfeiçoar sempre a mesma coisa que escolhi, ao invés de desenhar coisas que penso e que sonho acordada.

Quando comecei este desenho acabei abrindo os olhos para mim mesma, lembrei da minha infância, quando fiz meu primeiro desenho, quando percebi que queria ser artista. Agora lembro do meu sonho de ser uma grande artista e mostrar minhas obras pelo mundo, para que todos as vejam."

Victória Seger

O próximo passo do trabalho então foi unir todos os nossos desenhos em apenas um, juntando em uma obra a releitura da obra "Solidão" com influências da Nossa Solidão.